Coma Branco

| segunda-feira, 31 de maio de 2010 | 1 comentários |

Há algo frio e vazio
Por trás de seu sorriso
Ela continua transgredindo
Numa milha milagrosa

Porque você era de um mundo perfeito
Um mundo que me jogou fora hoje,hoje,hoje
Para sair correndo

uma pílula pra te entorpecer
uma pílula pra te emburrecer
uma pílula pra te tornar qualquer outra pessoa
mas nenhuma droga nesse mundo
irá salvá-la dela mesma

Sua boca era um corte vazio
Ela esperava a queda
Sangrando como uma garotinha
Que perdeu todas suas bonecas

Porque você era de um mundo perfeito
Um mundo que me jogou fora hoje,hoje,hoje
Para sair correndo

uma pílula pra te entorpecer
uma pílula pra te emburrecer
uma pílula pra te tornar alguém mais
mas nenhuma droga nesse mundo
irá salvá-la dela mesma

Você era de um mundo perfeito
Um mundo que me jogou fora hoje,hoje,hoje
Para sair correndo

uma pílula pra te entorpecer
uma pílula pra te emburrecer
uma pílula pra te tornar alguém mais
mas nenhuma droga nesse mundo
irá salvá-la dela mesma

uma pílula pra te entorpecer
uma pílula pra te emburrecer
uma pílula pra te tornar alguém mais
mas nenhuma droga nesse mundo
irá salvá-la dela mesma.

              letra       Merilyn Manson

ORAÇÃO PARA BOBBY

| domingo, 16 de maio de 2010 | 3 comentários |
Sabe quando a gente carrega uma ideologia a vida inteira e de repente acontece algo e muda totalmente o nosso modo de pensar? Esta foi a situação que Mary Griffith passou. Mary, hoje com 74 anos, foi uma mulher criada nos padrões mais rígidos da religiosidade. Nascida numa família tipicamente católica em 1934, era uma criança insegura. A ameaça da condenação era tão constante na sua vida, que uma vez ela chegou a sonhar que Deus a estava perseguindo. Mary viu sua vida dar uma reviravolta quando descobriu que seu filho mais novo, Bobby Griffith, era homossexual. Bobby cresceu feliz e inteligente, um menino obediente e gentil. Na adolescência, descobriu sua atração por outros rapazes. Por ser um devoto cristão ele estava muito consciente dos ensinamentos da Igreja que freqüentava juntamente com seu irmão, duas irmãs e sua mãe Mary. Por ter aprendido que ser gay era um dos piores pecados, ele acreditava ser um doente de corpo e deficiente de alma, que queimaria no inferno por toda a eternidade e que não era digno do amor de Deus.


Bobby foi submetido a terapias de cura e sua mãe citava incessantemente versículos da Bíblia numa campanha cruel para convencê-lo a deixar de ser gay. Bobby tentava abrir sua mente, dando-lhe livros sobre homossexualidade, mas nada a fazia mudar de opinião.
Incapaz de lidar, diariamente, com os conflitos e lutas tanto com a sua família quanto com a sua religião, Bobby pulou de uma ponte sobre uma movimentada estrada em Portland, Oregon, em 27 de agosto de 1983 e morreu instantaneamente devido às lesões internas, ele tinha apenas 20 anos de idade.
Mary então se vê numa encruzilhada, convencida de ser a culpada pelo suicídio do filho, ela 
começa a reconsiderar sua interpretação da homossexualidade. Enquanto para a maioria das pessoas pouco importava se Bobby estava no céu ou no inferno, Mary realmente gostaria que seu filho estivesse no céu. Ela passa a procurar respostas na própria religião. Vasculhando o quarto do filho para encontrar estas respostas, ela se depara com um diário onde ele escreveu muitos de seus medos e angústias:
Eu não posso deixar que ninguém saiba que eu não sou hétero. Isso seria tão humilhante. Meus amigos iriam me odiar, com certeza. Eles poderiam até me bater. Na minha família, já ouvi várias vezes eles falando que odeiam os gays, que Deus odeia os gays também. Isso realmente me apavora quando escuto minha família falando desse jeito, porque eles estão realmente falando de mim. Às vezes eu gostaria de desaparecer da face da terra”.
Ele tinha 16 anos quando escreveu isso. Ele desapareceu, mas as suas angústias sobreviverampersonificadas na imagem da sua mãe. Tal angústia materna supera e vence os ranços religiosos. Quebra os paradigmas sobre a palavra de Deus e suas interpretações por parte dos religiosos intolerantes e homofóbicos.
A história de Mary e Bobby Griffith é muito conhecida entre estudiosos da homossexualidade. Hoje Mary é uma conhecida ativista e presidente da 'Associação Nacional de Pais, Familiares e Amigos de Lésbicas e Gays' (PFLAG). Sua história inclusive inspirou um livro esrito pelo jornalista Leroy Aarons, em 1995, que é fundador do National Lesbian and Gay Journalists Association. E no começo do ano virou uma série televisiva norte-americana,Prayers for Bobby (Orações para Bobby) , foi considerado um sucesso para uma produção com um assunto tão dramático. Foram cerca de 3,8 milhões de espectadores na estreia no sábado (24 de janeiro) e 2,3 milhões na reprise no domingo. O número de acessos ao site do canal Lifetime(que exibiu o filme) disparou 169%, com internautas sedentos por mais informações sobre o filme, tema obrigatório na comunidade gay de lá na semana em que foi exibido.
Os especialistas entendem que uma correta educação das famílias sobre o assunto ajudaria a prevenir tragédias como essa. Hoje, 30 anos depois de sua morte, mesmo em metrópoles, as famílias de todos os credos e classes sociais ainda encurralam seus filhos gays para quadros de depressão, revolta e desesperança.
Há diversos estudos alertando que a taxa de suicídios é explosiva entre jovens homossexuais, principalmente entre efeminados, usuários de álcool e drogas, que não resistem a tanta pressão e angústia.
"Um em cada três homossexuais tentou se suicidar pelo menos uma vez nos EUA", cita a psicoterapeuta Marina Castañeda, em "A Experiência Homossexual" (editora A Girafa, 2007, 327 págs), hoje um dos melhores livros com explicações e conselhos para gays, suas famílias e terapeutas.
"A construção da identidade gay dura, em média, 15 anos. Isso implica um longo período de incerteza que, evidentemente, tem um custo afetivo muito elevado. Os anos que muitos homossexuais passam se perguntando e explorando sua sexualidade poderiam explicar seu isolamento e sua imaturidade em certos campos. Em inúmeros casos passaram boa parte de sua juventude em conflitos internos ou em relações problemáticas, engajados na difícil tarefa de compreender a sua identidade sexual", escreve Castañeda. Opressão religiosaUma família esclarecida poderia ajudar bastante a reduzir as taxas de suicídio. Em "Orações para Bobby", pelo contrário, a mãe anda com a Bíblia debaixo do braço e prega post-its com mensagens religiosas no banheiro lembrando o filho do seu pecado. O irmão é a primeira pessoa para quem Bobby se abre, ao contar que sonha com homens, e não com meninas.
A atuação do jovem suicida ficou a cargo do ator Ryan Kelley, 22, que fez participações em séries de TV como "Smallville" e "Ghost Whisperer". Críticos avaliaram bem a interpretação do rapaz, mas ponderam que ele teve a ajuda do trabalho extraordinário de Sigourney Weaver, principalmente nos diálogos em que tenta convencer sua mãe de que não é culpado por sua homossexualidade. A trilha também ressalta o clima deprê do caso, com destaque para o hit "Hope for the Hopeless", da cantora e pianista A Fine Frenzy.
Filmes como "Orações para Bobby" fazem parte de uma nova safra de produções com foco em conflitos homossexuais, antes restrita ao circuito alternativo. O "gay movie" invadiu espaços antes conservadores e virou um filão comercial para a indústria do audiovisual desde o sucesso de "O Segredo de Brokeback Mountain" (2005).

| terça-feira, 11 de maio de 2010 | 1 comentários |

Estou mim sentindo tão inútil,sem nenhuma utilidade ,sentido sozinha,vazia,sem nada para dar e pioro para receber,não sei mas o que fazer,será se a vida é esse vazio enorme sem nada,somente o silêncio da dor,da falta de esperança,os meus pés flutuam na escuridão a qual mim encontro.A diversão mim faz sentir pior do que já sou,posso até esquecer na hora dos problemas,mas depois vem tudo a tona,como correntezas de aguas que chegam a mim sufocar a alma,o unico pensamento que tenho é que um dia isso irá acaba de um modo ou de outro,ou seja com a morte,para muitos podem parecer loucura,mas para mim não,é somente a solução de tudo.